Só sei que nada sei. Talvez não seja bem assim, mas as dúvidas e incertezas são uma constante.
Sábado, 27 de Dezembro de 2008
Ainda Guantanamo

Há duas semanas expus aqui as minhas dúvidas sobre a razão porque há necessidade ou conveniência em que países aceitem receber prisioneiros de Gauntanamo uma vez que o estabelecimento prisional aí existente seja extinto.

Depois disso li muitas explicações, nomeadamente que se tratará de prisioneiros para os quais não chegou a ser formulada qualquer acusação concreta e que, em certos casos, não poderão voltar em segurança para os respectivos países de origem.

No entanto as dúvidas principais continuam pertinentes: Se foram os Estados Unidos que os constituíram prisioneiros, com razão ou sem ela, porque não os mantém no seu território, seja com que estatuto for? Ao serem acolhidos noutros países, nomeadamente em Portugal, que estatuto terão, prisioneiros, refugiados, asilados ou outro?

Uma nova dúvida me ocorreu ao saber que, de acordo com notícias dos jornais, Portugal foi o primeiro país a anunciar a disponibilidade de receber alguns destes prisioneiros: Seria necessário ter tanta pressa? Foram bem pensadas todas as implicações?



publicado por Pedro Freire às 17:03
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Quarta-feira, 10 de Dezembro de 2008
Guantanamo

Leio com curiosidade nos roda-pés das notícias televisivas:

"Portugal aceita receber alguns prisioneiros de Guantanamo" (apesar das aspas e do itálico, a citação é de memória e pode não corresponder exactamente às palavras lidas).

Ouço que outros países da Europa fizeram propostas semelhantes.

Assaltam-me várias interrogações:

Será que a prisão de Guantanamo vai fechar? Agora ou depois da tomada de posse de Obama? Ou trata-se de prisioneiros libertados?

E fico sem perceber porque razão os prisioneiros de Guantanamo, no caso de os Estados Unidos decidirem fechar a prisão aí existente, não podem ir para prisões normais nos EUA e terão de ser acolhidos noutros países. Também não fico esclarecido sobre o estatuto destes prisioneiros uma vez fechada a prisão de Guantanamo: Os países que os acolhem mantêm-nos prisioneiros? Neste caso ficam sob a jurisdição da justiça local ou dos EUA?

Ou pura e simplesmente serão libertados? Se forem libertados, porque razão necessitam de ser acolhidos noutros países e não voltam simplesmente para as suas terras de origem?



publicado por Pedro Freire às 21:54
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Sexta-feira, 5 de Dezembro de 2008
E esta? Tenho de ver se tenho algum frasco de acetona!

A notícia publicada no De Rerum Natura sobre a visita da ASAE ao Departamento de Química da  Universidade nova, descrito aqui  deixou-me atónito.

Trabalhei durante muitos anos em vários laboratórios, desde os laboratórios do IST e do meu primeiro emprego na antiga Junta de Energia Nuclear até várias empresas do ramo farmacêutico em Portugal e em Espanha e ainda em laboratórios do Instituto Superior de Agronomia e do Instituto Gulbenkian de Ciência em Oeiras. Pois nunca me passou pela cabeça que a acetona ou qualquer dos outros solventes e reagentes que usávamos diariamente pudesse suscitar a atenção de uma entidade de fiscalização como a ASAE. Como é possível que o âmbito de acção desta entidade vá desde a venda de bolas de Berlim nas praias até aos solventes usados nos laboratórios das universidades? E como se compreende que estes laboratórios sejam alvo deste tipo de investigação e que a presença de frascos com acetona necessite de licença?

Será que tenho de verificar se no armário onde se guarda verniz para as unhas há algum frasco de acetona? E o álcool também necessitará de licença?

 

Ridículo!!!



publicado por Pedro Freire às 19:33
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Quinta-feira, 4 de Dezembro de 2008
Auxílios à indústria

Quando se começou a falar em auxílios à indústria automóvel, primeiro nos Estados Unidos e depois noutros países, incluindo cá, pensei logo: Será um precedente que quase de certeza levará outros sectores industriais e até do terciário a reclamar também auxílios.

Verifico com tristeza que não me enganei.

Não tenho conhecimentos de política económica suficientes para ter uma opinião firme sobre se o auxílio prometido em Portugal à indústria automóvel é justificado e se a prazo resolve alguma coisa ou não. Mas hoje fiquei espantado ao tomar conhecimento de duas notícias aparentemente independentes, mas que se relacionam entre si:

Por um lado a promessa do governo de pagar 80% dos salários de 10 000 trabalhadores da indústria automóvel sob o pretexto de os incluir em esquemas de formação. Por outro lado a celebração de um acordo de empresa na Autoeuropa que inclui um aumento de salários de 5,8%. Será que li bem? Será que a Autoeuropa foi incluída no esquema de auxílio do governo? Será que os contribuintes vão pagar a parte respectiva de salários com um aumento de 5,8%? Não ponho em causa que a indústria necessite deste auxílio. Não ponho em causa que os trabalhadores da Autoeuropa mereçam o aumento acordado. Ambas as coisas podem ser verdade ou não. A coincidência é que me deixa espantado. Se a Autoeuropa precisa deste auxílio extraordinário, como se compreende que conceda aumentos desta ordem, por muito merecidos que sejam?



publicado por Pedro Freire às 22:58
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