Para ilustrar os efeitos da emissão de CO2 sobre o clima, as nossas estações de televisão costumam mostrar imagens de chaminés industriais a emitirem densas núvens de fumo. Uma observação rápida mostra claramente que tais núvens são na maioria das vezes fumos de água (normalmente designados por vapor, mas que na realidade, como todos os fumos, não são vapores, mas sim gotículas líquidas, conforme ensinou o meu professor de Química no liceu: "O vapor é gasoso e na maioria dos casos, como no caso do vapor de água, incolor e portanto invisível. O que se vê sair de água a ferver é fumo, não é vapor; o fumo é água em estado líquido em pequenas gitículas").
Juntamente com o fumo, pode sair das chaminés também vapor, mas esse não se vê. De qualquer modo a maioria das imagens usadas para ilustrar o problema da poluição industrial, incluindo o CO2, considerado por alguns como o principal responsável pelas alterações climáticas, apenas mostram fumos de água. Será que não sabem disso?
Claro que é impossível mostrar imagens de CO2 a sair de chaminés, porque o CO2 é invisível. Mas se procurassem bem, seria pelo menos possível fotografar fumos verdadeiramente poluentes e não a inocente água.
O desemprego em Portugal atingiu em Outubro 10,2% da população activa, segundo revela hoje o Eurostat.
Esta notícia suscita-me três dúvidas de diferente ordem:
1) Estamos já em Dezembro. Durante o mês de Novembro que ontem terminou houve notícias constantes de despedimentos. Qual será a taxa de desemprego agora?
2) Como se compreende que seja o Eurostat a dar a notícia em primeira mão. Nem o Instituto de Emprego nem o INE tinham dados que apontassem para que pelo menos o valor de 9,2% de Setembro tivesse sido ultrapassado em tanto? Quem informa o Eurostat ou como é que são recolhidos os dados de cada país, para que as entidades nacionais estejam na ignorância até o Eurostat revelar os números?
3) Como é possível o nosso governo festejar com pompa e considerável despesa a entrada em vigor do Tratado de Lisboa no exacto dia em que a desgraça do desemprego é divulgada, sem uma única referência a este descalabro por qualquer entidade oficial?