A notícia publicada no De Rerum Natura sobre a visita da ASAE ao Departamento de Química da Universidade nova, descrito aqui deixou-me atónito.
Trabalhei durante muitos anos em vários laboratórios, desde os laboratórios do IST e do meu primeiro emprego na antiga Junta de Energia Nuclear até várias empresas do ramo farmacêutico em Portugal e em Espanha e ainda em laboratórios do Instituto Superior de Agronomia e do Instituto Gulbenkian de Ciência em Oeiras. Pois nunca me passou pela cabeça que a acetona ou qualquer dos outros solventes e reagentes que usávamos diariamente pudesse suscitar a atenção de uma entidade de fiscalização como a ASAE. Como é possível que o âmbito de acção desta entidade vá desde a venda de bolas de Berlim nas praias até aos solventes usados nos laboratórios das universidades? E como se compreende que estes laboratórios sejam alvo deste tipo de investigação e que a presença de frascos com acetona necessite de licença?
Será que tenho de verificar se no armário onde se guarda verniz para as unhas há algum frasco de acetona? E o álcool também necessitará de licença?
Ridículo!!!