Segundo as notícias, o computador Magalhães vem com um programa didático instalado cheio de erros de ortografia e de português, alguns de arrepiar. O escândalo não reside apenas no facto de um computador promovido pelo governo como auxiliar de educação das crianças do 1.º ciclo conter esses erros, quando devia ser irrepreensível. O maior escândalo é que a versão portuguesa desse programa foi escrita por um português residente em frança que faz de tradutor, mas que como habilitação para essa tarefa possui a 4.ª classe. Como tradutor profissional pergunto como é tal possível. Quem o contratou? Houve concurso? O Ministério da Educação não verificou a sua competência? E agora basta pedir às escolas que desistalem esse programa? Não seria prefeível corrigir os erros? E os Magalães que continuam à venda ou a distribuir nas escolas vêm livres desse programa? Ou trazem o programa mas corrigido?
Se já era estranho o computador ser distribuído por empresas privadas, os operadores de telecomunicações móveis, mais estranho é verificar que os conteúdos não foram seleccionados pelo Ministério da Educação ou pelo menos não foram suficientemente revistos por este.
Espero que pelo menos algumas das dúvidas expostas sejam esclarecidas em breve. Ou melhor, não espero, mas desejaria que o fossem sem grandes esperanças.