Ouvi dizer que o Ministro da Economis defendeu a construção da linha do TGV Lisbos-Madrid com o incrível argumento de que Lisboa se poderia transformar na praia de Madrid! Custa-me a crer. Será este o destino do nosso país? Tornar-se na praia de Espanha?
Mas a sério: Haverá algum madrileno que gaste um bilhete de ida e volta do TGV, que não se prevê nada barato, para vir à praia? Para já não há praias em Lisboa. A praia mais perto da capital é a de Algés, que há muito deixou de ser frequentada (ainda me lembro de ver rapazes a mergulhar lá, mas não eram propriamente veraneantes). Então o espanhol chega à Gare do Oriente e pergunta como chega à praia. O ministro estava a gozar ou quê? Creio que era «quê».
Ora é isto mesmo que eu tenho vindo a perguntar, sem ter ainda conseguido encontrar uma resposta:
-Portugal é o segundo país do mundo com maior peso das eólicas no consumo total de energia. Excelente, mas permitam-me questionar qual o valor acrescentado para a economia nacional? O vento nós temos, mas importamos a tecnologia, interessa saber qual o preço que pagamos por cada watt nos diferentes tipos de energia, só depois poderemos perceber se o país está de facto no rumo certo. É que estas notícias costumam vir incompletas, impregnadas de propaganda...
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(tirado do blog Direito de Opinião)
A pequena crónica de Miguel Gonçalves sobre espaço no i do dia 4 «Um dia como outro qualquer» é extremamente interessante. Ajuda-nos a ver a relatividade das coisas e a nossa pequenez em relação à imensidão do espaço e do tempo. Interessante a comparação da velocidade do nosso planeta em torno do Sol de 30 km/s e do Sol à volta da nossa galáxia de 250 km/s.
(Sobre estes dados, duas notas: 1) Assumo que a velocidade de 30 km/s que o autor atribui ao «carrocel cósmico» seja a da Terra à volta do Sol, mas isto não é dito claramente; 2) O símbolo da unidade de tempo segundo de acordo com o S.I. é «s» e não «seg»; suponho que Miguel Gonçalves, que é um cientista, o saiba perfeitamente e tenha escrito assim para melhor compreensão pelos leigos, mas acho esta opção errada.)
Mas quando Miguel Gonçalves acrescenta que «a Via Láctea também viaja por esse cosmos a uma velocidade interessante: 300 km/s», deixo de entender. Como é definida a velocidade da Via Láctea? Em relação a que ponto fixo do Universo? Ou seja, em que referencial? Seria de todo o interesse um esclarecimento, não só para mim, mas certamente para muitos leitores.
Fiquei espantado ao saber que a existência de um presidente da União Europeia a partir da entrada em vigor do Trtado de Lisboa não evita que continue a haver presidências do Conselho Europeu rotativas, ao contrário do que eu pensava. Parece-me uma multiplicação desnecessária de presidentes, tendo em conta que já existe (e continuará a existir) o Presidente da Comissão e o Presidente do Parlamento.
Recorrendo à Wikipedia leio:
Separado do Conselho da União Europeia, há também o Conselho Europeu, que se reúne em cimeiras europeias em cerca de quatro vezes por ano. A tarefa como Presidente do Conselho Europeu, é igualmente realizada pelo chefe de governo ou chefe de estado do Estado membro que exerce a Presidência. O presidente é o principal responsável pela preparação e presidência de reuniões do Conselho, e não tem poderes executivos. A partir de 2009, ao abrigo do Tratado de Lisboa, o Conselho Europeu deixaria de usar o sistema da Presidência do Conselho, pelo contrário, teria um Presidente a tempo inteiro, que não mantém qualquer serviço nacional.
A Wikipedia apresenta mesmo uma tabela que define a que países cabem as presidências semestrais até 2020. É evidente que este texto necessita de uma actualização, deixando de pôr no futuro o que se passa ao abrigo do Tratado de Lisboa. De quelquer modo, será que as funções de cada presidente está bem definida de modo a que não surjam conflitos de competência?